quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Nesse equilibrio...

É essa ambição que te manda para a água gelada do mar mesmo quando o corpo está reconfortado pelo sol. É essa vontade que não deixa que as lágrimas esbatam um sorriso. É essa alegria que sai naturalmente, sem pressas, sem evidências, só tua e apenas tua. É essa persistência que passeia de mãos dadas com a mesquinhez mas que se afasta dela quando a relação é demasiado intíma. É o medo que assombra alguns dos passos e que antevê muitas das quedas. O medo sempre te fará cair, em silêncio e num sofrimento mudo. No entanto sabes que estará sempre lá o resto para te fazer ser vitoriosa no levantar. 



segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Quem era para sempre

Hoje, na procura que dura há mais de uma semana por uma coisa mesmo muito importante que não encontro, dei por mim a ver fotografias antigas. Fotografias de pessoas importantes, de pessoas que naquele momento seriam para sempre. Nos momentos em que tirei as fotos, se me dissessem que passado poucos anos estas representariam apenas recordações, eu não acreditaria. Discutiria até ao fim argumentando que conhecia a pessoa, que conhecia a nossa amizade, que confiava nela e que seria para sempre. Conto pelos dedos das mãos com quantas isso aconteceu. Confesso que me senti nostálgica, independentemente dos motivos que levaram à separação. Num casos eu errei e não soube pedir desculpa, noutros as pessoas erraram e eu não as quis mais comigo e noutros ainda separamo-nos sem saber muito bem porquê. Acabei por guardar todas as fotos sem nenhuma mágoa. Em todas elas eu estava feliz, com uns olhos brilhantes e uma sorriso partilhado e cúmplice. Percebo agora, que soube o que era sentir algumas das dores maiores que uma amizade pode trazer, que isso é a única coisa que a minha sensatez me permite guardar. Em algum momento aquela pessoa contribuiu para a minha alegria e isso nenhuma zanga, nenhuma separação e nenhum tempo nos pode tirar. Tudo o resto, foi-se embora com a presença física da pessoa.


quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Em espera....

Entidades públicas, privadas, semi privadas e afins... Venho encarecidamente fazer-vos um pedido: controlem-se com o tipo de músicas que colocam ao telefone enquanto esperamos para ser atendidos. Acabei de contactar uma que me pôs algo muito semelhante a uma sirene dos bombeiros (verídico) cujo toque ia aumentando à medida que o tempo passada. Baixava, começava a subir, atingia o auge do sofrimento para os meus ouvidos e descia. Eu sei que lá no fundo usam isso com o objetivo de nos fazer desligar, de impedir que alguma das assistentes simpáticas se irritem com tantas questões que a ultrapassam e que a fazem passar dez vezes a chamada para que nós tenhamos de repetir 10 vezes a mesma história..... mas, por favor, se têm algum respeito pelo nosso sistema auditivo mudem essa vossa atitude.


Estou tremendamente chateada com burocracias e instituições hoje. Mas não se nota muito pois não?





terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Das pessoas...novamente


Há certas coisas que vamos aprendendo à medida que crescemos. Uma delas é a perder aquilo a que Erickson chama de "pseudo-estupidez". Começamos a perder aquela ideia de que somos os únicos iluminados que percebem tudo, de que os outros nunca alcançarão as nossas capacidades magníficas, de que somos o supra sumo da perspicácia e da inteligência. Quem ainda não perdeu isto, então ainda não atingiu a maturidade necessária para uma vida adulta. E para mim o grande problema está mesmo aí. Cada vez mais assisto a episódios deprimentes de pessoas que acham que, dentro daquilo que só revela uma limitação, estão a ser superiores aos tudo e todos. Julgam  que estão a chegar onde ninguém chegará pois são melhores e mais dotados. Temo o dia em que se vão confrontar com a certeza de são melhores do que alguém em algum aspeto: vão usar e abusar disso, vão marcar territórios, ter poderes, impor regras e autoritarismos. Mas temo mais ainda o dia em que perceberem que há sempre alguém que está um passo à sua frente. Facilmente sabemos ganhar. Esqueceram-se foi de nos ensinar a perder.   


segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

The show must go on*


Cresces nos mais pequenos momentos, mesmo que estes não apresentem nenhuma lição específica. Sabes apenas que a pessoa que entrou ali não é a mesma que saiu. Foi inevitável. Não te tornas convencionalmente mais forte como tantos julgam. Era tão mais fácil se assim fosse. Enfraqueces e muitas vezes quebras de tal modo que temes que o rasgo te fique para sempre cravado no peito. Ele dói e talvez vá doer para sempre. Mas agora sabes como amenizar. Contorces a parte que mais aperta para que a sã faça o seu trabalho. Não experimentas a ingenuidade há muito tempo e tens pena disso. Tudo seria menos escuro se ainda tivesses. Acima de tudo, cresceste já o suficiente para saber que o percurso natural das coisas continua por muito que isso te pareça impossível, por muito que isso te magoe. 

Now, "The show must go on"




quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

A vontade

Há pessoas com vidas realmente muito difíceis, pessoas a quem falta uma coisa tão simples como a vontade. No decorrer da minha formação profissional tenho oportunidade de contactar com algumas. No entanto, cada uma das que chega deixa em mim um angústia inexplicável. Dizem-me que a falta de vontade é o pior que lhes podia ter acontecido. Falam-me dos choros quando pressentem que amanhece e têm inevitavelmente de se levantar e viver. Descrevem os momentos em que não conseguem ter a iniciativa de fazer coisas simples como comer, tomar banho, vestir-se. Apontam tomas de medicamentos em demasiada com a esperança implícita de que o corpo não aguente e repouse numa paragem que lhes permita terminar com o sofrimento. Lamentam famílias destruídas, filhos que não compreendem, filhos que maltratam, maridos que não apoiam, maridos que ameaçam. Não sabem o que estão a perder quando se isolam da vida nem lhes interessa. Nada lhes interessa já. É como se um vazio se tivesse apoderado de si e bloqueado tudo o que as faça sentir. Deixaram de saber o que é a alegria, a satisfação há muito tempo. Ouço-as com calma, buscando uma compreensão que sei que não tenho. Quando saio da sua beira sinto uma mistura de revolta e alívio: revolta por tantas vezes desesperar por coisas pequenas, alívio por sentir dentro de mim esssa vontade de mudar. 



quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Malnutrição...

Há cerca de três, quatro meses decidi deixar de comer carne. Na verdade nunca tinha gostado muito, preferia sempre peixe e quando não havia opção comia em muito pouca quantidade. O problema foi que, como coincidiu com uma fase de maior ansiedade, com esta alteração no plano alimentar foi notória uma descida no meu peso na ordem dos 2, 3 kg. Nada de mais, pensei eu. O fim dos mundos e uma culpa extrema da falta de carne, pensou quem anda pela minha vida. Para apaziguar estas almas inquietas decidi ir ao nutricionista. Correu bem, ele sossegou-se quanto à carne (afinal não é tão indispensável como se julga e pode ser compensada com outros produtos que tenham proteína animal como o leite, os iogurtes, o ovo e o queijo) e prescreveu-me um plano para ter uma alimentação saudável. Basicamente, passo a vida a comer bocadinhos de pão e fruta, bebo muita água e às refeições tenho de ter um prato assim bem composto (legumes, hidratos de carbono e proteína). Faço isso acerca de um mês (com alguns dias de batota) e ontem, toda convencida, lá fui eu mostrar-lhe que já estava melhor. Ponto um: chego lá e o meu peso estava EXATAMENTE o mesmo, sem uma décima a mais ou a menos. Correu logo mal. Ponto dois: ele quis fazer uma coisa muito engraçada que se chama  bio-impedância tetrapolar, um exame com eletrodos na pele que permite uma análise qualitativa e quantitativa da composição corporal. Resultado mais relevante e que ele fez questão de sublinhar de uma forma que quase rasgou o papel: Malnutrição (IMCC abaixo de oito para quem percebe da coisa). Basicamente, falta-me massa muscular, a massa livre de gordura está muito baixa, e a água extracelular alta (o que indica que as paredes das minhas células estão mal nutridas e deixam passar a água, muito ao jeito do que acontece com aquelas crianças dos países mais pobres muito magros com a barriga muito grande). Conclusão: raspanete daqueles, muita ginástica para ganhar massa muscular, continuação do raspanete e melhoria na alimentação. Não passar refeições e comer, no mínimo o que ele me mandou (que para mim já é uma dieta como diz a minha avó, de engordar os porcos para a matança). Daqui a três semanas lá vai ele fazer o exame outra vez. 

Fiquem esta imagem minha antes de tudo isto porque daqui a três semanas já ninguém me vai reconhecer de tão musculada que estou....Vamos vendo os progressos ao longo do tempo.


O antes: 




P.s. Eu sei que as minhas pernas mais parecem umas canetas para ele não precisava de ter humilhado tanto. 


O depois: 



Nesta fase vou-me escrever em concursos e apregoar o orgulho que tenho no músculo (como li no facebook de um rapaz há dias) e espero ter o apoio de todos vocês.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

E quando pensamos que já vimos de tudo....

....eis que leio esta notícia. Uma senhora roubou um comboio na Suécia. Uma funcionária da limpeza entra na cabine e rouba o comboio. Isto chama-se o quê? trainjacking? comboijacking em português? Sei que isto não anda nada fácil e que o desespero leva muitas vezes as pessoas a atos completamente impensáveis. Mas isto???? A minha empatia não chega tão longe. O que é que ela pretenderia? Ir roubar um banco sem ser vista por ninguém? Claro está que isto foi coisinha para acabar com o comboio espetado num prédio. Por sorte sem vítimas. E agora cara amiga, vamos pensar juntas: em que momento é que achou que conduzir um comboio era a mesma coisa que conduzir um Peugeot 206? Tenho para mim que isto foi um alucinação qualquer que lhe deu depois de andar a dar-lhe forte no amoníaco...


segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Longe vão os tempos...

... em que a cerimónia dos Óscares era sinónimo de glamour e elegância. Agora, não sei se será um sinal de que os Maias têm mesmo razão e estamos aqui estamos do outro lado, sinto que nos devemos preocupar a sério. Há energias más naquele evento outrora mágico. Senão vejamos: 

Ir ao Óscares faz com que:

- fiquemos com cara de enjoadas e façamos com que ninguém comente o vestido mas sim a nossa má disposição:

Taylor Swift com assinatura de Donna Karan; Jennifer Lopez com assinatura de Zuhair Murad. 



- envelheçamos uma data de anos:

Sarah Hyland com assinatura de Azria Atelier


- tenhamos ar de quem não come há 3 meses:

Nicole Kidman, com assinatura Alexander McQueen

- e percamos o juizo crítico: 


Eva Longoria  com assinatura de Emilio Pucci 


Por tudo isto eu até ponderei já nem ir caso fosse convidada no próximo ano. Não quero que nenhuma destas pragas se abata sobre mim. Mas depois vi isto. E pensei duas vezes. 


E vi também isto. E pensei três. Reparem-me neste estilo do Mandy. Vale a pena tudo o resto.



sábado, 12 de janeiro de 2013

O porco beijoqueiro... (não tirem conclusões precipitadas vá lá)


Na minha incursão a revistas forçada por uma valente insónia  eis que encontro o supra sumo da tecnologia, o futuro das relações amorosas, a loucura dos tempos modernos (desculpem o meu entusiasmo mas já o vão compreender). À parte dos robots humanos em fibra anti-bacteriana e desinfectada que vão ser disponibilizados a turistas que procurem “atividade sexual” no bairro vermelho de Amsterdão e do Mutsugoto, aparelho que permite a casais “tocarem-se” à distância, aquilo que realmente prendeu a minha atenção e me fez acreditar num mundo melhor, mais feliz e apaixonado foi o “Kiss Transmission Device”, instrumento criado na Universidade de Comunicações Electrónicas de Tóquio (claro está, quem mais poderia ser!). Passo a citar as suas funcionalidades: “este instrumento permite um beijo à distância, fazendo a ligação entre dois pequenos aparelhos, cada um com uma língua em forma de uma simples palhinha de bebidas. Basta colocar o aparelho na boca, rodar a palhinha e o movimento será reproduzido no segundo aparelho”. Ficaram confusos? É-vos difícil imaginar? Para mim também foi daí ter seguido para uma extensiva pesquisa em busca de algo que concretizasse o que li e que esclarecesse algumas ideias mirambulantes que saltitavam na minha cabeça. Eis o resultado: 


Eu até quis criticar os autores deste "porquinho de meter a língua e não as moedas com orelhinhas cor de rosa ou corninhos pretos" mas depois eles rematam a dizer que "prometem fazer melhorias: adicionar-lhes sabor, sensação de respiração e humidade" e acabei por ficar sem argumentos.

Não sei porque é que anda toda a gente preocupada com o futuro da humanidade. Não se vê que estão a ser feitos esforços imensuráveis por um futuro melhor?


P.S: Antes que imaginem o teor das revistas que ando a ler, aviso já que todas estas pérolas constam da HAPPY deste mês (se quiserem questionar na mesma, aceito, eu própria já o fiz).
 

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

A monarquia envelhece...


A meu ver, a Kate preenche os requisitos que nós, educadas por livros de princesas com Cinderelas e Brancas de Neve magníficas, estipulamos para uma princesa. É bonita, elegante, discreta e tem aquele je ne sais quoi  que nos leva de novo à idade dos castelos e dos príncipes. Daí, e dado o apreço que nutro por ela, acho que deveria ser denunciado o atentado atroz que lhe fizeram nesta espécie de retrato. Ela está de uma forma como nunca antes foi vista e como penso que não é na realidade. Colocaram-lhe mais dez anos em cima, acentuaram-lhe as expressões de uma forma que torna a face dela fria e muito pouco empática para com quem aprecia a pintura. Com que propósito? De lhe conferir mais seriedade? É que a mim este retrato só me transmite uma coisa: medo. Tenho para mim que se de noite mo apresentassem eu dava um grito esganiçado. Só por isto acho que já não quero ser princesa... 




quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

O estigma do filho único...

Ontem no supermercado assisti a um comentário típico e recorrente. Um miúdo, com uma birra daqui até à muralha da China, pedia qualquer coisa à mãe. Outra senhora da fila mete conversa e eis que pergunta "É filho único?" ao que a mãe responde que sim. A outra senhora, protótipo de quem nasceu com sabedoria divina diz "Olhe mas não o deixe ficar filho único porque esses são todos uns mimados e uns egoístas que só querem coisas para eles e não querem saber dos outros. Os tempos estão difíceis mas é melhor passarem mais dificuldades mas terem um irmão". Eu não consegui conter o riso e fiquei a pensar se a "filha-uniquez" não deveria ser considerada uma doença no DSM IV (livro de doenças psiquiátricas). 

Eu sou filha única por opção de vida dos meus pais. Pessoalmente, detesto. Lembro-me de todos os natais escrever cartas a pedir um irmão, lembro-me que de cada vez que a minha mãe ia ao médico eu pensava que ela ia engravidar. Sei que um irmão fez falta no meu desenvolvimento: tudo era para mim, literalmente, quer as coisas boas quer as más. No entanto, não me considero uma pessoa egoísta nem mimada. Longe disso. Aprendi desde cedo a dividir com os outros, a pensar neles e não só em mim (tendo muitas vezes exagerado em detrimento deles) e a criar formas de me desenrascar sozinha. Brinquei muito comigo própria mas tudo isso fez com que estimulasse a imaginação fértil que ainda hoje tenho. À medida que fui crescendo a falta do irmão foi sendo compensada com os amigos e sei que no futuro poderei contar com eles como famíla. Se um dia quero que ter apenas um filho? Um redondo não. Se culpo os meus pais por o terem feito? Já o fiz mas hoje entendo que as opções nem sempre são fáceis. 

Gostava de ter dito à senhora que o mundo seria um lugar bem melhor se apenas os filhos únicos fossem mimados e egoístas. Mas a fila anda, literalmente. 


quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Adulto inacabado...


Ontem dei por mim a ler na HAPPY deste mês um artigo intitulado "O que é ser adulto hoje?". Percebi, no decorrer da leitura que eu (e mais meio mundo da minha idade) me encaixava num perfil a que eles chamavam de "adulto inacabado". Esta espécie, dizem eles, tem entre 25 e 44 anos, vive em união de facto, é divorciado ou solteiro, tem ensino secundário ou licenciatura e uma profissão intelectual. A parte do inacabado deixou-me a pensar e sim, sinto que o somos. Mas com isso não queiramos dizer que somos conformistas, estagnados ou que nos resignamos com metas de  fácil alcance. Pelo contrário, acho que posso dizer que somos uma das gerações com maior capacidade de luta e resiliência. Crescemos a sentir que, tal como aconteceu com os nossos pais, tudo iria ser fácil e intuitivo. Muito deles não tiveram oportunidades de ensino superior e nós conseguimo-lo. Porém contrariamente ao que acontecia em anos anteriores não tivemos emprego já nos primeiros anos de faculdade e no final tivemos de lutar muito para ter um. Muitos de nós não conseguiram ainda mas nem por isso desistiram: reinventaram-se, aprenderam novas coisas, construíram novas ideias, criaram novos negócios e forma de crescer. Foram procurar, falar com pessoas e criar oportunidades. E o mais engraçado? É que muitas dessas pessoas que foram jovens nos anos de ouro nem sequer sabem valorizar o nosso trabalho. Tiveram tudo e mesmo assim não aprenderam a ter a sapiência de ensinar e valorizar novas pessoas e conhecimentos. Pior, são os que mais se queixam. E nós, que não temos um emprego das 9h às 17h como muitos deles e que passamos muitas noites a trabalhar sem receber nada em troca, que temos muitas vezes de ir para longe à procura das oportunidades, que vivemos de recibos verdes e nos dividimos por 5 empregos, nós é que somos os jovens desmazelados que não fazem nem sabem nada. Não quero cair no erro das generalizações mas sinto que é essa a ideia que ainda povoa muitas dessas cabeças.

Espero apenas que daqui a uns anos, quando esses adultos forem mais velhos olhem para nós com o respeito que sei que o esforço que fizemos merece, percebendo o papel que tivemos para criar uma sociedade mais pró-ativa e empreendedora. Tivéssemos nós tido a postura de muito deles e veríamos o quão pior tudo estaria a ser. 



segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Sente-se qualquer coisa muito ambivalente...

... quando se chega a esta fase das coisas.



 A minha faceta obsessiva não me deixa concluir nada sem ler milhares de vezes. Já tinha isto pronto desde a semana passada mas só hoje depois de mudar palavras por outras semelhantes, virgulas e outras coisas muuuuito relevantes  é que tive coragem de anexar e enviar às autoridades competentes (com os olhos semi-serrados como quem diz "agora está convosco"). Sei que ainda vou olhar muito para estas letrinhas até porque tenho experiência com as ditas autoridades e sei que escrutinam tudo ao mais pequeno pormenor. Mas agradeço-lhes por isso porque sei que a cada correção aprendo mais. No entanto não posso negar a sensação de alívio que invade cada pedaço do meu cérebro e que atenua os meus sussurros de ansiedade no peito. Agora, é virar a página, arrumar a secretária (ritual que denuncia mudanças) e iniciar outro desafio. Este envolve aprendizagens, ensinamentos, pessoas e conteúdos que adoro. E venha ele***







sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Uma questão de sobrevivência...




Vai ser sem dúvida uma das minhas linhas orientadoras deste novo ano. Passo demasiado tempo a preocupar-me com coisas e pessoas que no final só me trazem isso, preocupações. E com tudo isso muitas vezes negligencio aquilo que realmente me dá vida, que me faz sentir entusiasmo e vontade. Não posso nem quero continuar a fazê-lo. Sei que temos sempre que fazer coisas de que prescindiríamos facilmente, conviver com pessoas só porque faz parte desse fenómeno a que alguém chamou de socialização. Mas raios me partam se não o vou fazer muito menos e, acima de tudo, se não vou sofrer muito menos*

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Parabéns T.

"Não precisarás de mais nada. Basta que estejas, basta que sejas o que sempre foste e és... ele irá reconhecer-te. Sempre. Como és tola ao pensar que não. Ele já te viu chorar e sorrir, ele sabe o que de pior e melhor tens em ti. Deixa cair a máscara, desprende-te da batina. Não precisas de nada. Ele amar-te-ia de qualquer forma porque ficou contigo apesar de tudo. Olha-o de novo. Isso basta para que perceba como estás... Não te adianta mentir. Neste momento ele já percebeu. Conhece o teu timbre rouco e esse desvio no olhar. És mesmo uma tola por ainda tentares e mais ainda por pensares que precisas de o fazer. Se tal necessidade houvesse não era para ele que fugias. Era para qualquer um. Para um qualquer que adora a tua simpatia, a tua perspicácia, o teu sentido de humor, a tua força e resiliência. Ele ri-se da ingenuidade desses. Sabe que não és simpática por natureza, conhece as artimanhas em que se segura a tua perspicácia, lembra da forma como te ris do que não devias e de que como desprezas o tipicamente engraçado... Ah, resiliência, diria. Quantas vezes teve de te segurar para que não caísses desistida no chão. Mas lembra-te que muitas das vezes preferiste-os a eles. Contrariando toda e qualquer mesquinhez das inseguranças gratuitas que tantos outros define, ele não to cobrou no momento em que voltaste, ferida, a chorar. E sabes que mais? Voltarás sempre porque em nenhum outro lugar te sentes como aqui. Não foi o tempo nem a proximidade que criaram este lugar. Foi algo mais forte do que qualquer outra coisa. Algo que, acredita, vais guardar para sempre. Algo que resiste ao frio da distância, às intermitências do tempo, às incertezas dos percursos. Olha de novo para ele. Tem o nome comum mas que para ti é único. Amigo."

Porque tenho a sorte de ter uma mão de pessoas para quem escrevi este texto. Hoje dedico-o a uma pessoa que faz anos, um dos irmãos espetaculares que tendo-se os meus pais esquecido, a vida me deu*

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

A aventura nos saldos...

Como leitora assídua dos livros "Uma aventura" que fui, preocupa-me a diminuição na publicação dos mesmos que se tem verificado. A minha explicação para tal é que depois de tantos livros a Ana Maria Magalhães e a Isabel Alçada devem sentir que não existem já mais aventuras dignas de relato. Ora bem, como boa pessoa que sou venho neste blogue deixar uma sugestão para um novo livro, prescindindo dos direitos de autora em prol de uma boa leitura: Uma aventura nos saldos. Porém, caras Ana e Isabel, importa que saibam que vão ter de puxar bem pela imaginação porque tios árabes que querem matar o irmão que é rei ("Uma aventura na Quinta das Lágrimas") são migalhinhas em termos de malvadez quando comparados com uma mulher sedenta de saldos na Zara. Confiem em mim, esta é muito mais perigosa e os seus atos maléficos são bem mais elaborados. Ouvi e li relatos impressionantes de zangas, ameaças e artimanhas para roubo de peças de roupas. Por isso, e sendo pessoa cautelosa, optei por nem lá ir. Mas a minha alma estava inquieta por sentir que estava a ser uma má gestora ao não aproveitar os preços bons e a opção de tamanhos que as peças têm nesta fase inicial. Assim decidi ir à Sfera no El Corte Inglês. Estava igualmente muita gente (crise? naaa) mas como é grande não se sentia tanto a confusão. Nestas alturas opto sempre por comprar peças mais básicas e nos tons que mais gosto. No final, acho que fiz boas compras: um casaco estilo chanel em tons bege e castanho, umas calças pretas de tecido fluído largas nas ancas e apertadas no fundo, uma camisa bege com um laço na gola, um vestido também bege de malha e umas jeans azuis. 





Conclusão de tudo isto: teimo em continuar a contribuir para o facto do mais de metade do meu armário ser bege e branco e sobrevivi sem ser albarroada por ninguém, o que também é importante. 

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

A calmaria do primeiro dia...


2013 começou com descanso, ar livre e "O Turista". Amanhã o mundo volta ao lugar de sempre e eu tenho de começar a trabalhar para atingir tudo o que pedi nas 12 passas. Este vai ser um ano extremamente importante para mim, com muitos desafios e obstáculos a ultrapassar. Por isso, é bom que comece com as energias renovadas.

 Um feliz 2013*